Dia 28 de outubro tem inicio a CAN 2012 e vou confessar o frio na
barriga está presente. Por maior que seja a experiência do atleta ou membro da
comissão técnica isso faz parte da emoção de participar de uma competição. A
emoção não pode faltar.
Disputar a Copa da África não disputar qualquer competição, é como se
fosse uma Copa do Mundo realizada dentro da África. Claro ao campeão os louros
da vitória, a festa, toda celeuma que envolve a conquista.
Se pararmos para analisar todos os detalhes que cercam está competição,
nós os simples mortais estaremos longe de conseguir decifra-la, mesmo estando
dentro do processo.
Não estou a falar de preparação dos atletas nem organização das
entidades participantes, isso cabe a cada país definir o que melhor lhe convém.
Estou tentando chegar à preparação emocional.
O caso mais emblemático que me recordo foi a final entre Itália e
França, quando o atleta do selecionado Francês Zinedine Zidane em um momento atípico
desferiu uma cabeçada no peito de Marco Materazzi, defensor Italiano. Não se
sabe até hoje ao certo o que levou Zidane um dos melhores atletas da história
do futebol mundial a tomar tal atitude. Intranquilidade? Revolta? Desespero?
Fica a interrogação.
Por outro lado Materazzi se tornou ídolo na Itália, seu selecionado
venceu a Copa de 2006.
Viajando no tempo recordo-me o que o falecido Dr. Sócrates ex-atleta de
futebol, como era conhecido, pois era médico de formação afirmava: “pênalti é a
competência entre o batedor e o goleiro”. Esta frase ficou marcada, e na Copa
do Mundo de 1986 disputada no México, no jogo das oitava de final contra a
França de Platini, o jogo terminou empatado no tempo normal e na prorrogação e
pelas regras da FIFA a decisão é em cobrança de pênaltis. Sócrates estava na
relação dos batedores e não converteu sua cobrança. Há no decorrer do jogo Zico
outro astro do futebol mundial também desperdiçou uma cobrança e ficou marcado
no futebol Brasileiro, e futebol. Só para não deixar passar em branco, Michael
Platini também o perdeu, no mesmo jogo, na mesma disputa.
São lembranças que talvez não levem a nada, estou fazendo está volta só
pra enfatizar: estar bem fisicamente, tecnicamente e taticamente são requisitos
para jogar e ser titular em uma equipe ou seleção de futebol.
O Grande Romário, Ronaldo fenômeno, em vários momentos de suas carreiras
não estavam no primor de sua forma física e mesmo assim conseguiam jogar e
fazer gols. O baixinho fez o seu milésimo gol aos 41 anos. Ronaldo fenômeno encerrou
a carreira em 2011, estava acima dos 100 kg e mesmo assim conseguiu dois
títulos pelo Corinthians. Então de que maneira atua o cérebro neste momento?
Não sou psicólogo mais irei dar minha opinião.
Existem atletas que se prepararam para treinar e jogar, esses são os
considerados verdadeiros atletas. São regulares em todos os jogos. Não se
destacam individualmente, mais sua equipe sabe que pode contar com sua
efetividade. Existe outro tipo de atleta que no treinamento rende o máximo e em
alguns jogos deixa a desejar quando o jogo é primordial. Alega cansaço, dor de
barriga, dor de cabeça e outros. No Brasil é considerado amarelão e isso ocorre
toda vez que o jogo assume uma importância capital. E tem o atleta que mesmo
não rendendo tudo nos treinos se transforma na hora do jogo. Esse é o
considerado fenômeno, o presidente, o homem ou mulher que assume uma postura de
líder dentro de campo, quando o jogo aperta grita: “me da à bola que eu resolvo”.
Esse (a) é unanimidade e os (as) atletas com essa capacidade são raros.
Estão surgindo outra safra de jogadores atletas, os considerados diferenciados
ou de outro planeta e tem alguns postulantes: Messi, Cristiano Ronaldo,
Iniesta, Xavi, Neymar, jogam em qualquer lugar, em qualquer gramado, com
qualquer clima e rendem sempre o esperado.
Acredito muito na Seleção de Guinea Ecuatorial nesta Copa da África, as
meninas estão bem preparadas para produzir e fazer a alegria dos aficionados torcedores
da NZALANG. E esperar que a cérebro de cada uma atue de maneira positiva, que a
torcida e tudo que envolve esta Copa sejam favoráveis no momento de decidir
cada jogada. A raça, o amor é fundamental, agora o equilíbrio e a sensatez podem
fazer a diferença.
Abraços
Abraços
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