Notícias do dia 19/09 - Quarta-feira (Miercoles)
Dando prosseguimento a sua
preparação para disputa da Copa da África, a Seleção de Guinea Ecuatorial jogou
amistosamente nesta quarta-feira (Miércoles), contra a equipe Sub-20 do Ajax
Amsterdam, e venceu pelo placar de 3 a 0. Os gols da partida foram assinalados
pela atacante Chinasa (1), a meio campista Camila (1) e a meio campista Añonman
(1). A equipe voltou a apresentar um belo futebol e fez por merecer o
resultado. O jogo foi realizado no Centro de Treinamento do Ajax em Amsterdam
Holanda.
Seleção de Guinea Ecuatorial posou para foto antes da partida.
Após a partida a Seleção
de Guinea retornou à cidade de Bitburg na Alemanha para dar prosseguimento a
sua preparação.
A equipe jogou com: Tala,
Dulcía (Vânia), Carol, Drika (Okadike) e Salomé (Pachu); Letícia (Cris), Jumária
(Mari), Añonman; Jade, Tiga (Camila) e Chinasa (Christelle).
CURIOSIDADE:
A primeira partida internacional de seleções de futebol feminino ocorreu em 1972, casualmente 100 anos depois do primeiro encontro masculino, onde a Inglaterra venceu a Escócia por 3 a 2. Os primeiros torneios mundiais começaram a ser disputados nos anos 1990: a Copa do Mundo de Futebol Feminino a partir de 1991 e como desporto olímpico desde 1996.
"Olhando para o passado, eu não mudaria o meu caminho e os obstáculos que encontrei, porque foram eles que me fizeram a jogadora e pessoa que sou hoje e serviram para que eu desse um valor muito maior às coisas e a algumas pessoas," avalia, em um tom pausado e reflexivo, sem rancores. "A única coisa que espero é que ninguém precise passar por tudo o que passei.”
Para Verónica, as medidas políticas adotadas ajudarão, mas a luta contra qualquer tipo de preconceito é um projeto de longo prazo que começa na formação das pessoas. "Precisa haver um trabalho na escola e na família, lugares onde as crianças aprendem tudo e passam a maior parte do tempo. Se existir igualdade nesses ambientes, haverá igualdade para o resto da vida, em todos os âmbitos.”
Verónica deixou um pequeno legado para a valorização do futebol feminino em um país onde a bola segue sendo um brinquedo apenas para os homens. "As coisas vêm mudando, passo a passo. Tenho a minha própria escolinha na Galícia, onde me convidam para dar palestras. As pessoas se interessam por aquilo que eu falo. É um luxo que os pais e as meninas façam perguntas e me peçam autógrafos, uma honra. Acho que aproveito esses encontros mais do que eles próprios.”
A atacante ficou orgulhosa, com razão, quando uma garota disse que queria ser como ela. As meninas espanholas não precisam buscar ídolos estrangeiros ou masculinos se quiserem ter sucesso no futebol: Verónica é a melhor referência.
A primeira partida internacional de seleções de futebol feminino ocorreu em 1972, casualmente 100 anos depois do primeiro encontro masculino, onde a Inglaterra venceu a Escócia por 3 a 2. Os primeiros torneios mundiais começaram a ser disputados nos anos 1990: a Copa do Mundo de Futebol Feminino a partir de 1991 e como desporto olímpico desde 1996.
Segundo uma pesquisa realizada
pela FIFA existe cerca de 26 milhões de jogadoras no mundo. Em média, para cada
10 futebolistas (de ambos os sexos) existem uma jogadora no mundo.
O privilégio de romper preconceitos
(FIFA.com) Quarta-feira 19 de setembro de 2012
A espanhola Verónica Boquete precisou batalhar muito para
virar um dos grandes nomes do futebol feminino. Jogadora mais conhecida do seu
país, a atacante do Tyresö FF, da Suécia, tem consciência de que é uma das
poucas privilegiadas que conseguiram realizar o sonho de atuar
profissionalmente. Nada fácil para alguém que nasceu mulher e em um país como a
Espanha.
“O nosso país é machista, e isso nos condiciona" opina Verónica ao FIFA.com. "Desde pequenas aprendemos que meninos fazem isso e meninas fazem aquilo. Temos de mudar a nossa educação para que um dia a igualdade de fato exista. Sofro discriminação por ser mulher desde pequena. Quando comecei a jogar futebol, aos seis anos, existia uma regra que proibia as meninas de jogarem junto com os meninos. Eu treinava normalmente com os meus colegas, ia aos jogos, colocava o uniforme, mas era obrigada a ficar de fora. Eu era muito pequena e não entendia direito, mas foi frustrante e me marcou muito.”
A menina Verónica deu os primeiros pontapés em uma bola ao lado do irmão Adrián. Ela teve a sorte de ter pais que a apoiavam, mesmo que jogar futebol não fosse algo bem visto para uma menina. Até mesmo os professores diziam que era um esporte para apenas para garotos. "Na Espanha, continuamos convivendo com o machismo", analisa a jogadora. "Os piores comentários vinham das mães dos adversários. Veja bem: não dos pais, mas das mães! Eram as mais machistas. Talvez porque não seja o mesmo ver o filho levar um gol ou ser driblado por uma menina. Por isso, acho que é um problema de educação.”
Questão de educação!
“O nosso país é machista, e isso nos condiciona" opina Verónica ao FIFA.com. "Desde pequenas aprendemos que meninos fazem isso e meninas fazem aquilo. Temos de mudar a nossa educação para que um dia a igualdade de fato exista. Sofro discriminação por ser mulher desde pequena. Quando comecei a jogar futebol, aos seis anos, existia uma regra que proibia as meninas de jogarem junto com os meninos. Eu treinava normalmente com os meus colegas, ia aos jogos, colocava o uniforme, mas era obrigada a ficar de fora. Eu era muito pequena e não entendia direito, mas foi frustrante e me marcou muito.”
A menina Verónica deu os primeiros pontapés em uma bola ao lado do irmão Adrián. Ela teve a sorte de ter pais que a apoiavam, mesmo que jogar futebol não fosse algo bem visto para uma menina. Até mesmo os professores diziam que era um esporte para apenas para garotos. "Na Espanha, continuamos convivendo com o machismo", analisa a jogadora. "Os piores comentários vinham das mães dos adversários. Veja bem: não dos pais, mas das mães! Eram as mais machistas. Talvez porque não seja o mesmo ver o filho levar um gol ou ser driblado por uma menina. Por isso, acho que é um problema de educação.”
Questão de educação!
“Tive a sorte de
na minha casa ocorrer justamente o contrário", relembra a jogadora nascida
em Santiago de Compostela. "Eu podia estar sentada no sofá enquanto o meu
irmão passava o aspirador de pó na sala, e não acontecia nada de mais. Em
outras famílias, os papéis são bem delimitados: a menina ajuda nas tarefas domésticas
e o menino faz coisas de homem. Eu e o meu irmão sempre fomos educados sem esse
tipo de distinção."
Verónica Boquete dando autografo a uma criança
"Olhando para o passado, eu não mudaria o meu caminho e os obstáculos que encontrei, porque foram eles que me fizeram a jogadora e pessoa que sou hoje e serviram para que eu desse um valor muito maior às coisas e a algumas pessoas," avalia, em um tom pausado e reflexivo, sem rancores. "A única coisa que espero é que ninguém precise passar por tudo o que passei.”
Para Verónica, as medidas políticas adotadas ajudarão, mas a luta contra qualquer tipo de preconceito é um projeto de longo prazo que começa na formação das pessoas. "Precisa haver um trabalho na escola e na família, lugares onde as crianças aprendem tudo e passam a maior parte do tempo. Se existir igualdade nesses ambientes, haverá igualdade para o resto da vida, em todos os âmbitos.”
Verónica deixou um pequeno legado para a valorização do futebol feminino em um país onde a bola segue sendo um brinquedo apenas para os homens. "As coisas vêm mudando, passo a passo. Tenho a minha própria escolinha na Galícia, onde me convidam para dar palestras. As pessoas se interessam por aquilo que eu falo. É um luxo que os pais e as meninas façam perguntas e me peçam autógrafos, uma honra. Acho que aproveito esses encontros mais do que eles próprios.”
A atacante ficou orgulhosa, com razão, quando uma garota disse que queria ser como ela. As meninas espanholas não precisam buscar ídolos estrangeiros ou masculinos se quiserem ter sucesso no futebol: Verónica é a melhor referência.
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